Textos

Horas Mortas
Desenho letras desconexas no papel
A alma presa à caneta
Sinto que não há mais tempo
Amanhã será tarde demais
E, no entanto, o hoje não acontece
As horas escorregam, uma a uma
Entre os meus dedos fechados
Que não acarinharam você
A minha boca seca de esperar seu beijo
O meu corpo rijo por não ter sido seu
Lembro nossos momentos
Sempre tão iguais
Notícias velhas
Em jornais novos
Que, um dia
Eu vou parar de ler
Para sempre
Nena Medeiros
Enviado por Nena Medeiros em 27/03/2008
Alterado em 24/05/2011


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