Não tenho nome
Não sou de ninguém
Vivo nas ruas
Com medo das sombras
Do frio
Da fome
Lutando por sobras
Pra sobreviver
Mal eu não faço
Sujo, sarnento
Não é minha culpa
Causar embaraço
Não posso evitar
Preciso estar perto
De gente e seus lixos
Pra sobreviver
Ai, pedra lançada
Fuja à sua sina
De me ferir
Erre seu alvo
Entendi o recado
Não estou mais aqui
Feliz eu não sou
Mesmo assim, peço
Me deixa viver