Meu Primeiro Amor - (causo - cotidiano)
Quando eu a vi, senti que aquele seria um amor para toda a minha vida. Os longos cabelos negros, um sorriso sempre brincando em seus lábios, seu jeito amoroso, sempre tão atenciosa, enchendo-me de mimos e carinhos foram cruciais para que ela marcasse território no meu coração.
Em instantes, estava completamente apaixonada. Vivíamos aos beijos, carícias e a primeira vez que tive seus seios em minha boca, senti encher-me todo o corpo de calor e energia.
Com ela aprendi muito do que sei, por meio dela, me tornei quem sou.
É claro que um amor assim teria que durar para sempre. Domingo é dia dela e vou aproveitar para vê-la, abraçá-la, fazer-lhe uns carinhos.
Minha mãezinha. Velhinha e cansada de luta, mas ainda é capaz de tornar-se uma leoa enfurecida em defesa de suas crias.
Para você que ainda tem o seu primeiro amor, aproveite este domingo, e o próximo e o outro...
Diga de todo o seu amor à sua mãe aos sábados, terças, quintas, quartas, sextas...
Não esqueça nem mesmo as segundas-feiras mais cinzentas...
Porque você pode não ser o primeiro amor dela. Mas certamente é o maior e ela vai levá-lo em seu coração por toda a sua vida.
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Este texto foi escrito a convite da Milla Pereira, para compor uma ciranda, que está publicada em:
http://www.recantodasletras.com.br/cirandas/1568109
Nena Medeiros
Enviado por Nena Medeiros em 05/05/2009
Alterado em 05/05/2009